O exame de bioimpedância é um exame que mede através de uma leve corrente elétrica que passa pelo corpo a quantidade de água, gordura e massa magra. Em outras palavras, é um exame que mede sua composição corporal, a quantidade média desses três elementos.
Geralmente é um exame bastante comum entre atletas e esportistas, e também pessoas que querem perder peso ou manter o corpo saudável e em forma, porque com o exame você pode medir a quantidade de gordura corporal que contém, assim facilita o tipo de dieta que você tem que seguir.
O exame de bioimpedância é requisitado pelo médico especialista ou por um nutricionista, que dessa forma poderá acompanhar com precisão a evolução do seu tratamento e também prescrever uma dieta adequada ao seu objetivo, desempenho e necessidade.
O exame de bioimpedância tem um nome complicado, mas o seu procedimento é muito simples, rápido e indolor. Você sobe em uma balança especial que medirá seu peso, você deverá posicionar sues pés e mãos em lugares específicos, informe também seu peso e sua idade. Através dos pés e das mãos passará uma leve corrente elétrica insensível à sua percepção, que medirá a quantidade de água, massa magra e gordura presente no seu corpo.
Logo após isso a balança imprimirá os valores medidos da sua composição corporal.
O que é o Balão Intragástrico?
Trata-se de um balão esférico de silicone, que é introduzido vazio dentro do estômago do paciente sob sedação, através de um procedimento de endoscopia digestiva e que depois é lentamente preenchido por líquido com corante.
O conceito de como funciona é simples, pois depois de cheio, esse balão ocupará parte do espaço do estômago; ele é grande o suficiente para não passar para o intestino delgado e móvel, não impedindo assim o trânsito dos alimentos, mas levará o paciente a ter uma sensação de plenitude. Ou seja, com esse espaço preenchido o paciente fica satisfeito em curto espaço de tempo e sobra menos espaço para o alimento que irá ingerir.
Em que consiste o tratamento multidisciplinar?
O que vai determinar o tempo de tratamento em cada paciente é a sua curva de emagrecimento e sintomas ou comorbidades associadas. Trabalhos científicos têm demonstrado que a grande perda de peso ocorre nos primeiros 4 meses. Depois parece haver uma adaptação ao balão.
É importantíssimo durante o uso do balão que o paciente tenha acompanhamento de seu médico e de uma nutricionista. Nesse período deve haver uma redução calórica importante na dieta do paciente, com mudanças de hábitos alimentares e prática de atividade física. Esta reeducação alimentar é um processo lento e trabalhoso e é aí que o balão mostra sua função. A atividade física tem papel fundamental, pois auxilia na queima calórica, aumentando a autoestima do paciente. Ao final do período de tratamento o balão é retirado por uma nova endoscopia.
O sucesso do tratamento depende principalmente da força de vontade do paciente em mudar o seu estilo de vida, com adesão completa ao programa de emagrecimento. O balão funciona apenas como um estímulo para essa mudança, produzindo saciedade precoce.
Riscos e efeitos colaterais do Balão Intragástrico
Efeitos colaterais imediatos (primeiras 72 horas após a implantação do balão): náuseas, vômitos e/ou dor abdominal de intensidades variáveis. Tais sintomas podem ser minimizados por medicamentos prescritos previamente pelo endoscopista, porém, em alguns casos pode ser necessário que o paciente seja encaminhado a um pronto atendimento para hidratação e medicação endovenosa.
Efeitos tardios: doença do refluxo gastresofágico, migração do balão para o intestino delgado, intolerância permanente (vômitos incoercíveis por maior tempo do que o previsto), meteorismo, flatulência, úlceras e erosões gástricas, perfuração gástrica, infecção fúngica em torno do balão, rejeição da prótese pelo organismo, vazamentos na válvula do balão.
É importante salientar que tais fatores poderão obrigar a equipe médica a indicar uma intervenção endoscópica e até mesmo retirada do balão mesmo antes do tempo previsto.
O que é a endoscopia digestiva alta?
A endoscopia digestiva alta, também chamada de gastroenteroscopia ou simplesmente endoscopia, permite ao médico examinar a mucosa da parte superior do seu trato gastrintestinal, que inclui esôfago, estômago e duodeno ( primeira porção do intestino delgado ).
Porque a endoscopia digestiva alta é realizada?
Este exame permite ao seu médico avaliar, entre diversos sintomas, dor abdominal, náusea, vômitos e dificuldades de engolir. Também é um teste excelente para descobrir a causa de sangramentos do trato gastrintestinal alto. É mais preciso que raios-x para detectar inflamações, úlceras e tumores. Seu médico também pode solicitar a endoscopia digestiva alta para obter biópsias ( pequenas amostras de tecido ) para diversos fins, como diagnosticar a presença de Helicobacter pylori , uma bactéria que causa gastrites e úlceras. A endoscopia também pode ser utilizada para o tratamento de diversas doenças, como dilatação de áreas estreitadas, interromper sangramento de úlceras, ocluir varizes no esôfago e retirada de tumores benignos e malignos, com pouco ou nenhum desconforto.
Posso tomar minhas medicações habituais?
A maioria dos remédios pode ser utilizada normalmente, mas algumas podem interferir com o preparo do exame. Informe seu médico sobre os medicamentos que está tomando, especialmente AAS e similares, medicações para reumatismo, anticoagulantes, insulina, calmantes e antidepressivos. Também não esqueça de avisar sobre alergias e reações anteriores a medicamentos.
O que acontece durante a endoscopia digestiva alta?
A primeira coisa após deitar-se na mesa de exames é receber uma medicação em spray na garganta, anestésico local que deixará sua garganta dormente para diminuir a reação de náusea provocada pelo aparelho. Poderá ainda tomar uma medicação líquida para diminuir os gases após o exame e retirar a espuma que recobre o estômago, facilitando o exame. Em geral, utiliza-se um sedativo aplicado pela veia para ajudar a relaxar e, na maioria das vezes, dormir durante o exame. A endoscopia pode ser realizada sem isso, mas recomenda-se que seja feita pois o desconforto torna-se muito menor. Depois disso, será colocada uma peça oca na boca, através da qual o endoscópio é introduzido pela sua boca e garganta até o esôfago, estômago e duodeno. O endoscópio não prejudica a respiração , mas é possível que apresente náuseas, que melhoram depois que aparelho passou pela garganta . Para analisar o estômago adequadamente, é necessário que ele esteja cheio de ar, o que é feito pelo endoscópio. Isso pode causar a sensação de peso e vontade de arrotar, mas procure manter o ar no estômago até o final do exame, se estiver consciente. Um exame comum dura menos de 10 minutos, sendo muito bem tolerado pela maioria das pessoas.
Helicobacter Pylori é uma bactéria que foi identificada por dois australianos no ano de 1983, Warren e Marshall. Estima-se que esta bactéria esteja presente no estômago de cerca de 50% da população mundial. Grande parte das pessoas convive de forma harmoniosa com a bactéria. Em outros casos, esta pode ser o motivo de diversas complicações médicas como náuseas, queimação, sensação de estufamento e dores no estômago, por exemplo.
O estômago é revestido por uma mucosa que protege as suas paredes da ação do ácido gástrico, importante para a digestão. Em algumas pessoas, a H.pylori atua no revestimento destruindo esta barreira natural de proteção das paredes do estômago. Com isto, estas ficam expostas ao ácido gástrico e, com o tempo, ocorrem lesões que podem progredir até se tornar um câncer. Nem todas as pessoas que possuem problemas com a H.pylori desenvolvem um câncer no estômago, podendo ocorrer apenas outras complicações como gastrite ou úlceras. Entretanto, grande parte das pessoas que sofrem com câncer no estômago possui a bactéria H. Pylori.
A confirmação da presença da bactéria H. Pylori no estômago pode ser realizada de diversas maneiras. Durante uma endoscopia do estômago com biópsia, por exemplo, pode-se avaliar a existência da bactéria no material extraído.
O que é o exame de colonoscopia?
A colonoscopia consiste na introdução, pelo ânus, de um tubo flexível que permite a visão direta do interior destes segmentos intestinais, com imagem ampliada e de alta definição. É um meio seguro e adequado para o diagnóstico e, eventualmente, tratamento das doenças do reto, do cólon e do íleo terminal. É realizada em Clínicas Especializadas ou em Setor de Endoscopia Hospitalar, com o mínimo de desconforto para o paciente pela administração de medicações analgésicas através da veia durante exame. Antes do exame o intestino grosso deve ser limpo para que nenhum resíduo fecal fique no seu interior.
Como é realizado a colonoscopia?
O exame completo do cólon é realizado durante a retirada do aparelho (colonoscópio), mas para chegar no ceco ou íleo terminal, algumas manobras são necessárias. Com o paciente deitado sobre o ombro esquerdo, a região perianal e anal é examinada, segue-se o toque retal para relaxar o canal anal e afastar lesões estenosantes que podem impedir o início do exame. A ponta do colonoscópio lubrificada é delicadamente introduzida no canal anal. O reto é visualizado e ultrapassado geralmente sem dificuldade. O sigmóide pode apresentar certa dificuldade na transição retossigmoidiana. O cólon descendente normalmente é examinado facilmente e identificado pelo aspecto tubular com menos angulações. O ângulo esplênico é ultrapassado mantendo-se o aparelho retificado e rodando-o para a esquerda. O cólon transverso (aspecto triangular) normalmente é vencido com facilidade. O ângulo hepático é usualmente vencido pela angulação aguda da ponta do colonoscópio juntamente com certa tração e rotação para direita alcançando o cólon ascendente e chegando por fim ao ceco (fundo cego, orifício apendicular e válvula ileocecal). A identificação do ceco é que assegura um exame completo.
Vou sentir dor durante a realização da colonoscopia?
Você realizará um exame seguro e confiável, para tanto, serão administradas medicações analgésicas e sedativas através da veia durante o procedimento. O objetivo é diminuir a ansiedade e o desconforto, facilitando a realização do exame, sendo importante que você mantenha a resposta ao comando verbal para auxiliar a realização do exame. Utiliza-se a associação de medicamentos com tempo de ação curto e maior efeito amnésico. A oxigenoterapia é rotineiramente utilizada para diminuir o risco de hipoxemia .
A colonoscopia é geralmente indicada nas seguintes circunstâncias:
Na investigação de Síndrome do intestino irritável ou dor abdominal quando estável ou crônica. Acompanhamento de uma anormalidade no enema opaco ou outro estudo de imagem como o ultrassom abdominal e a tomografia computadorizada. Presença de sangue oculto positivo nas fezes. Anemia ferropriva de causa desconhecida. Rastreamento e monitoramento para neoplasia do cólon.Adenocarcinoma metastático de sítio primário desconhecido. Sangramento do trato gastrointestinal alto ou melena de origem desconhecida. Rastreamento para pacientes assintomáticos com idade de risco para neoplasia colônica. Seguimento adequado para pesquisa de pólipo neoplásico ou câncer precoce após a cirurgia curativa do câncer.Em pacientes com Retocolite Ulcerativa ou Doença de Crohn de oito ou mais anos de duração, colonoscopia de um a dois anos com biópsias seriadas. Doença inflamatória intestinal crônica, quando o diagnóstico mais preciso ou a determinação da extensão da atividade da doença influenciar no tratamento. Diarréia clinicamente significativa de origem desconhecida. Identificação pré-operatória ou intraoperatória de lesão não aparente na cirurgia (local de pólipo, câncer e sangramento). Retirada de corpo estranho. Ressecção de pólipo colônico.
O exame de retossigmoidoscopia é utilizado para o diagnóstico das doenças que acometem a porção final do intestino grosso. Com a retossigmoidoscopia é possível diagnosticar doenças que acometem os 30 cm finais do tubo digestivo, avaliar a mucosa do reto e sigmoide, verificar a presença de câncer retal, pólipos intestinais, divertículos em sigmoide, colites, diagnosticar amebíase através de biópsia de reto.
A manometria esofágica é um exame diagnóstico que tem por objetivo estudar o funcionamento de todo o esôfago, por meio de medições de pressões. Essas informações são processadas por um computador e formam gráficos, através dos quais é possível avaliar se existe alguma doença que esteja provocando os sintomas do paciente.
As informações fornecidas por este exame são de grande valia nos casos de doenças próprias do esôfago e ou doenças sistêmicas com manifestações esofágicas. É importante também nos casos onde o paciente será submetido ao tratamento cirúrgico. A manometria também é indicada para os pacientes que serão submetidos a pHmetria esofágica prolongada, pois é manometria que determina com precisão o lugar exato onde deve ser colocado o cateter da pHmetria. A duração da manometria é o tempo de uma consulta médica. Como não há sedação, assim que termina o exame o paciente pode se alimentar, dirigir e trabalhar sem problema.
Como é realizado o exame?
A manometria esofágica é um procedimento ambulatorial realizado sem sedação.
Enquanto você está sentado, um membro de nossa equipe irá lhe orientar durante todo o processo. Inicialmente será introduzido gel anestésico em uma de suas narinas, para facilitar a introdução de uma sonda e minimizar o desconforto. Um cateter é guiado através de seu nariz e esôfago. Este procedimento não interfere com a sua respiração.
Depois que o cateter está no lugar, você será convidado a deitar de costas sobre uma mesa de exame.
Deverá então engolir pequenos goles de água. Ao fazer isso, um computador conectado ao cateter registra a pressão, força e padrão de suas contrações musculares esofágicas.
Durante o teste, você será solicitado a respirar lenta e suavemente. O teste geralmente dura cerca de 20 a 30 minutos.
Como a manometria esofágica pode ajudar no diagnóstico de doenças?
O esófago é um tubo muscular que liga a garganta com o estômago. Quando o alimento é impelido por uma onda de deglutição da boca para o esófago, uma onda de contração muscular começa na parte superior do esôfago e percorre todo o comprimento do mesmo (referido como o corpo do esófago), assim impulsionando o alimentos do esófago para o estômago. Nas extremidades superior e inferior do esófago existem dois locais de músculo especializado chamados esfíncter superior e inferior esofágicos. Em repouso (isto é, quando não houve nenhuma deglutição) os esfíncteres geram pressão que impede a passagem de qualquer coisa através deles. Quando ocorre uma deglutição, ambos os esfíncteres relaxam durante alguns segundos, para permitir que o alimento passe através do esófago para o estômago.
O uso mais comum para a manometria esofágica é avaliar o esfíncter inferior do esôfago e a musculatura do corpo do esôfago em pacientes que têm doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Manometria muitas vezes pode identificar a fraqueza no esfíncter esofágico inferior que permite que o ácido do estômago e conteúdo possam retornar para o esôfago. Também podem identificar anormalidades no funcionamento da musculatura do corpo esofágico.
Manometria pode ajudar a diagnosticar várias doenças do esôfago, por exemplo, acalásia é uma condição em que o músculo do esfíncter esofágico inferior não relaxa completamente com cada deglutição. Como resultado, a comida fica retida dentro do esófago. Função anormal do músculo do corpo do esófago, também pode resultar em dificuldades na deglutição de alimentos e até de saliva.. Por exemplo, pode haver falha no desenvolvimento da onda de contração muscular (como pode ocorrer em doentes com esclerodermia ) ou todo o músculo esofágico pode contrair ao mesmo tempo (como num espasmo esofágico).
A manometria, revela a ausência de onda no primeiro caso, e a contração do músculo em todo o esófago, ao mesmo tempo, ou espasmos, no segundo caso.O funcionamento anormal do músculo do esôfago também pode causar episódios de dor intensa no peito que podem imitar a dor do coração (angina ). Essa dor pode ocorrer se o músculo entra em espasmo esofágico. Em ambos os casos, a manometria pode identificar a anomalia muscular.
O que é a pHmetria esofágica ?
A pHmetria esofágica é um exame onde é medida a quantidade de ácido que sobe do estômago para o esôfago durante 24 horas, e quanto tempo esse ácido permanece no esôfago. É normal que o ácido suba do estômago para a parte final do esôfago algumas vezes ao dia, mas que permaneça lá pouco tempo. Se o ácido sobe até a garganta ou reflui ao esôfago muitas vezes ao dia ou fique parado no esôfago por muito tempo, isso pode levar a doenças como esofagite, úlceras, tosse crônica, asma e outras. A pHmetria é o único exame que permite a análise adequada do que acontece com o ácido no esôfago e ajuda a orientar o seu médico qual o melhor tratamento.
Como é feito o preparo para a pHmetria?
Uma vez que o exame consiste na introdução de um cateter através da narina, faringe e esôfago, até o estômago, algumas pessoas poderão apresentar náuseas e vômitos, o que será um problema se o estômago estiver cheio. Portanto, é necessário que você esteja em jejum de pelo menos 4 horas no dia do exame.
Antes de iniciar o procedimento, será colocada pequena quantidade de Xylocaina geléia (um anestésico tópico) na narina a ser utiliza.Essa sonda fica conectada a um aparelho que grava as informações do exame e que pode ser preso à cintura e um eletrodo que fica preso à pele através de um adesivo.
Após a instalação do aparelho, a pessoa volta às suas atividades normais (trabalho, estudo, etc.) acompanhado de uma pasta aonde deve marcar toda e qualquer refeição (incluindo líquidos e lanches), anotando o início e o final das mesmas, deve anotar também os períodos em que permaneceu deitado (horário em que deitou e que levantou), e principalmente, deve anotar toda vez que apresentar algum sintoma, explicando o que sentiu. Sem esses dados, não será possível analisar os dados do exame. No dia seguinte, a pessoa deverá retornar e o aparelho será retirado.
Posso tomar meus remédios normalmente antes do exame?
Alguns medicamentos devem ser suspensos antes do dia do exame, conforme descrevemos abaixo:
Medicamentos para o estômago à base de: Omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol e esomeprazol, devem ser suspensos 10 dias antes;
Medicamentos para o estômago à base de: Cimetidina, ranitidina e famotidina devem ser suspensos 3 dias antes;
Antiácidos (Mylanta plus, Maalox plus, Kolantyl, etc.) devem ser suspensos 24 horas antes;
Medicamentos para náuseas à base de Bromoprida, Metoclopramida, Domperidona, devem ser suspensos 24 horas antes.
Posso realizar minhas atividades diárias normalmente durante o período de monitorização?
O exame de pHmetria deve ser realizado com o paciente mantendo uma atividade diária o mais próximo do normal possível. Apesar disto, há algumas coisas que não são recomendadas.
Não tome banho de chuveiro nem mergulhe enquanto estiver com o monitor. Não passe por detector de metais ou aparelhos de Rx em aeroportos. Não se aproxime a uma distância menor que 1metro de microondas em funcionamento
Posso me alimentar normalmente durante o exame?
Evite comer ou beber frutas e sucos cítricos em geral.
Sua dieta deverá ser, de resto, dentro dos padrões que usa habitualmente.
O exame de manometria anorretal consiste em avaliar e quantificar as pressões dos esfíncteres anais (músculos responsáveis pela continência). Esse diagnóstico é de extrema importância para pacientes com incontinência fecal, dor anal, fissura anal, fístula anal/perianal, constipação, suspeitas de megacólon idiopático ou chagásico, e de grande importância para elucidação diagnóstica e planejamento cirúrgico, garantindo um procedimento com maior segurança e exatidão, pois previne a incontinência anal e indica qual a melhor conduta a ser tomada para a escolha do procedimento cirúrgico.
O exame é realizado a partir de uma sonda que é introduzida via retal com a aplicação de um anestésico local, essa sonda é conectada a um equipamento que tem a função de perfundir água destilada pelos canais da sonda e através dessa perfusão é que temos os gráficos gerados das pressões exercidas pelos esfíncteres anais.
A duração é de aproximadamente 20 minutos contando desde a introdução da sonda no paciente à realização do exame. O procedimento é indolor, rápido e não requer sedativo.
Intolerância à lactose é o nome que se dá à incapacidade parcial ou completa de digerir o açúcar existente no leite e seus derivados. Ela ocorre quando o organismo não produz, ou produz em quantidade insuficiente, uma enzima digestiva chamada lactase, que quebra e decompõe a lactose, ou seja, o açúcar do leite. Como consequência, essa substância chega ao intestino grosso inalterada. Ali, ela se acumula e é fermentada por bactérias que fabricam ácido lático e gases, promovem maior retenção de água e o aparecimento de diarreias, flatulência e cólicas. A severidade dos sintomas dependerá da quantidade de lactose ingerida assim como da quantidade de lactose que seu organismo tolera. Existem vários testes de tolerância à lactose. O teste de tolerância à lactose pelo hidrogênio expirado é considerado o melhor exame para o diagnóstico da intolerância à lactose, pois, além de apresentar grande sensibilidade e especificidade, é um exame não invasivo (sem coleta de sangue) e totalmente indolor, o que facilita sua realização em crianças.
O que é intolerância à lactose?
A intolerância à lactose existe quando a criança ou adulto apresenta deficiência da enzima lactase. A lactase é responsável pela digestão da lactose, que é um açúcar presente no leite de vaca e seus derivados. Nos casos de deficiência da lactase, a lactose ingerida não é digerida nem absorvida e acumula-se na luz do intestino, ocasionando os sintomas da intolerância à lactose: flatulência (gases), meteorismo (aumento dos ruídos intestinais), distensão abdominal, dor abdominal, cólicas, diarréia e, eventualmente, náuseas e vômitos.
Como funciona?
Na deficiência da lactase, a lactose não absorvida sofre fermentação pela flora bacteriana presente na luz intestinal. A fermentação da lactose forma o gás hidrogênio, que se espalha na corrente sanguínea e em seguida, nos alvéolos, podendo ser detectado pelo ar expirado. Portanto, as crianças com intolerância à lactose apresentam concentrações mais elevadas de hidrogênio no ar expirado após ingestão de lactose, permitindo o diagnóstico pelo teste do hidrogênio expirado. A concentração de hidrogênio expirado pode ser facilmente mensurada com a utilização de um equipamento manual de teste respiratório.
O teste do hidrogênio expirado é utilizado apenas na suspeita de intolerância à lactose?
Não. O teste do hidrogênio no ar expirado também pode ser utilizado na suspeita de má absorção e/ou intolerância a outros carboidratos e de supercrescimento bacteriano no intestino delgado, sendo, portanto, excelente na investigação das seguintes patologias:
- Má absorção de sacarose e frutose.
- Intolerância à frutose (frutas e mel).
- Má absorção de sorbitol e xilitol (carboidratos usados como adoçante).
- Monitorização da doença celíaca, doença inflamatória intestinal e outras patologias que determinam intolerância secundária à lactose.
- Supercrescimento bacteriano no intestino delgado.
- Tempo de trânsito intestinal.
Quando realizar o teste de tolerância à lactose pelo hidrogênio expirado?
O teste do hidrogênio expirado é excelente método para diagnóstico diferencial da diarréia persistente e crônica, dor abdominal, excesso de gases, aumento dos ruídos intestinais e distensão abdominal, sintomas que podem ser decorrentes da má absorção de açucares (lactose, sacarose, frutose, sorbitol e xilitol) e do supercrescimento bacteriano.
Quais as vantagens do teste do hidrogênio expirado?
- Grande sensibilidade e especificidade: teste padrão ouro para o diagnóstico da intolerância à lactose.
- Pode ser realizado em adultos e crianças de qualquer idade.
- Teste não invasivo (sem retirada de sangue) e totalmente indolor.
A escleroterapia é o tratamento endoscópico onde injeta-se um agente esclerosante (irritante) ou uma cola biológica (cianoacrilato) no interior da variz. através de uma agulha. No caso do agente esclerosante, há um risco pequeno, mas significativo, de sangramento (afinal, a variz é perfurada) e outras complicações. Como esses riscos são maiores do que os da ligadura elástica, a escleroterapia com agentes esclerosantes atualmente só é recomendada em casos de emergência, quando não há disponibilidade da ligadura elástica. A escleroterapia com cianoacrilato, no entanto, é especialmente útil no tratamento das varizes de fundo gástrico, onde apresenta melhores resultados do que a ligadura elástica, ou em casos de cirrose avançada (Child-Pugh C), onde há um distúrbio mais severo da coagulação e o risco de ressangramento das varizes é maior. A escleroterapia com cianoacrilato, no entanto, é pouco disponível e apresenta entre as suas potenciais complicações a migração da cola para os vasos pulmonares, onde pode levar a disfunção respiratória aguda e severa, embora mesmo quando ocorra a migração ela seja clinicamente de pouca importância.
A ligadura elástica é considerada o tratamento endoscópico preferencial das varizes de esôfago. As varizes são veias dilatadas que podem surgir em doenças que fazem aumentar a pressão nas veias do sistema porta, sendo o exemplo mais frequente a cirrose hepática. Quando calibrosas e/ou associadas a uma função hepática comprometida, estas varizes podem se romper levando a graves sangramentos.
Quando a ligadura elástica das varizes está indicada?
O procedimento pode ser realizado tanto para a prevenção de uma primeira ruptura quanto para tentar fazer cessar um sangramento vigente. Em pessoas que já sofreram um episódio de hemorragia varicosa, estará indicada a terapia com ligadura para reduzir o risco de novos sangramentos. Há também medicamentos utilizados para reduzir chances de sangramento. Seu médico saberá indicar o procedimento no momento adequado.
Como é realizada?
O procedimento é realizado sob sedação. É realizada a endoscopia habitual para se identificar os cordões varicosos e planejar a estratégia da sessão de tratamento. Então o dispositivo de ligadura elástica é conectado à ponta do aparelho, ficando a manopla de disparo dos elásticos sob controle do endoscopista.
Após a introdução do aparelho o endoscopista identifica as varizes e aspira o ponto a ser ligado para dentro do dispositivo. Após isto, dispara o dispositivo de ligadura soltando o anel de borracha, que estrangula a porção da variz que foi aspirada.
Este estrangulamento faz a variz diminuir de tamanho até "secar". Este processo dura cerca de 2 semanas. Cada sessão costuma durar cerca de 30 minutos, e as sessões são repetidas geralmente a cada 15 a 30 dias até o desaparecimento das varizes. Geralmente são necessárias de 3 a 6 sessões para o tratamento completo.
Após o procedimento o paciente pode sentir um certo desconforto para engolir, que é esperado e passa em cerca de 3 dias. Por isto, neste período o paciente deve fazer dieta liquida e depois pastosa. Também deve evitar alimentos e líquidos quentes que podem fazer soltar os anéis de borracha antes do tempo e predispor a sangramento.
Orientações para o exame
A presença de um acompanhante maior de idade desde o momento da chegada até o término do procedimento é condição indispensável para a execução da ligadura de varizes. No caso de pacientes com menos de 18 anos, o acompanhante obrigatoriamente precisa ser um responsável legal. Para se submeter à ligadura de varizes, o paciente deve ter resultados recentes de hemograma, tempo de protrombina (TAP) e contagem de plaquetas. Além disso, é interessante apresentar exames de endoscopia anteriores.
A polipectomia endoscópica é o procedimento terapêutico mais comumente realizado na endoscopia digestiva alta (exame que tem como objetivo a observação do tubo digestivo alto, isto é, do esôfago, estômago e duodeno), em contexto ambulatório, consistindo na remoção de lesões – os pólipos – que se podem encontrar no interior do estômago, duodeno e raramente no esôfago. O risco de complicações importantes associadas à polipectomia, é baixo, entre 0,5 a 2%. Caso estas ocorram, a resolução poderá ser obtida por procedimento terapêutico efetuado durante o mesmo exame endoscópico, com eventual necessidade de posterior internamento. Em determinados casos, o tratamento da complicação poderá requerer intervenção cirúrgica e consequente internamento.
Um pólipo do cólon é um pequeno agregado de células que se forma na superfície do intestino. Embora a maioria dos pólipos sejam benignos, alguns, com o tempo, podem se tornar malignos.
Qualquer pessoa pode desenvolver pólipos, contudo, o risco é maior por volta dos 50 anos de idade ou mais, se existir excesso de peso, dieta pobre em fibras, história familiar ou pessoal de pólipos do cólon ou cancro do cólon.
Habitualmente, os pólipos não originam sintomas. Assim, devem ser efetuados exames regulares de rastreio para a sua detecção. Os pólipos do cólon detectados precocemente podem ser facilmente removidos. O rastreio ajuda a prevenir o cancro do cólon, uma doença fatal quando é detectada em fase avançada.
Os pólipos do cólon habitualmente não dão sintomas, sendo detectados durante a colonoscopia, contudo podem apresentar-se clinicamente com os seguintes sinais e sintomas: Aparecimento de sangue nas fezes, alteração dos hábitos intestinais - diarreia ou obstipação, dores abdominais, náuseas e vómitos (obstrução intestinal).
A maioria dos pólipos não são malignos.
Os pólipos podem desenvolver-se em qualquer parte do intestino grosso. Podem ser pequenos ou grandes e sésseis (planos) ou pediculados (tipo cogumelo), ligados por um pedículo. Em geral, quanto maior for o pólipo maior a probabilidade de ser maligno.
Existem três tipos principais de pólipos:
- Representam 2/3 de todos os pólipos. Embora apenas uma pequena percentagem destes pólipos se torne maligna, quase todos os pólipos malignos são adenomatosos.
- Hiperplásicos. A maioria dos pólipos restantes. Raramente são malignos.
- Inflamatórios. Associados à colite ulcerosa ou Doença de Crohn.
A Polipectomia Colonoscópica é a técnica que permite remover a grande maioria dos pólipos durante a colonoscopia. Para esse efeito é utilizada uma ansa diatérmica, que possui um laço metálico que permite laçar o pólipo e simultaneamente cortar e coagular o pedículo, prevenindo a hemorragia. Alguns pólipos diminutos podem ser cauterizados ou queimados com uma corrente eléctrica.
Colonoscopias regulares e alterações nos hábitos alimentares e no estilo de vida podem reduzir o risco de pólipos e cancro colorretal.
O que é a mucosectomia endoscópica?
A mucosectomia é uma técnica endoscópica que permite a remoção de lesões gastrointestinais presentes nas camadas superficiais da parede do tubo digestivo (camada mucosa e parte da submucosa). Principalmente em lesões até 15-20mm, esta técnica permite a remoção completa, em segurança e em bloco (num só fragmento), evitando-se o recurso a cirurgia nestes casos. O procedimento é curativo quando são satisfeitos dois critérios:
- a lesão é superficial, ou seja, limitado à camada mucosa e parte da submucosa
- as margens de ressecção estão livres de tumor
- a análise da lesão revela que esta é uma neoplasia bem diferenciada
Para lesões maiores ou mais profundas pode-se usar uma outra técnica chamada remoção endoscópica por dissecção da submucosa.
Em que diferem a mucosectomia e a polipectomia?
O plano de ressecção da mucosectomia é mais profundo do que o de polipectomia e a área ressecada é mais extensa. Enquanto que Pólipos são facilmente removidos pela aplicação simples de uma ansa diatérmica standard, muitas lesões neoplásicas requerem acessórios e técnicas especiais para conseguir um plano mais profundo e uma ressecção suficientemente larga.
Como é realizada a mucosectomia?
Vários acessórios e técnicas são utilizadas. Na mucosectomia são usadas ansas diatérmicas de material mais denso e resistente. O plano de ressecção mais profundo é conseguido através de endoscopia com sucção e injeção de solução salina para elevar a lesão. Pode ser usado um dispositivo transparente, adaptado à extremidade do Endoscópio para melhorar o poder de elevação e de sucção. Pode também ser realizada com ligadura elástica (em que se forma um pseudopolipo pela aplicação de um elástico). A mucosectomia permite em muitos casos, a ressecção de uma área de superfície ampla, assegurando remoção completa da lesão.
A gastrostomia endoscópica percutânea (PEG, abreviação do inglês, "Percutaneous Endoscopic Gastrostomy") é um procedimento cirúrgico gastro endoscópico o qual um tubo ("PEG") é empregado para fornecimento de dieta enteral, colocado no estômago, através da implantação percutânea e pela parede abdominal, geralmente, para fornecer um meio de alimentação, quando a administração oral não é adequada.
Conhecido, informalmente, no meio médico por PEG, é uma técnica de execução fácil e rápida, sem mortalidade e com morbidade reduzida mas não desprezível.
A ingestão de corpos estranhos é responsável por cerca de 1500 mortes/ano.
É mais comum na infância entre seis meses e seis anos. Em 98% dos casos ocorre de forma acidental. Nos adultos geralmente é secundário à ingestão alimentar (osso, bolo alimentar).
A ingestão de corpos estranhos não alimentar é mais comum em adultos do sexo ma sculino, em situações de abuso de substancias, ou doença psiquiátrica.
A maioria dos casos de ingestão de corpos estranhos (C.E.), se resolve de modo expectante (80%), cerca de 10 a 20% necessitam de retirada endoscópica, e uma minoria, de retirada cirúrgica.
O formato e composição do C.E. influencia no tipo de tratamento. Com relação ao formato, podem ser rombos ou pontiagudos, curtos ou longos, e de composições específicas, como bezoares, bolos alimentares ou baterias.
A máxima de “cada caso é um caso” também se aplica ao tratamento de pacientes com C.E., porém, algumas orientações gerais podem ser descritas. Nos casos de C.E. pontiagudos, ou baterias no esôfago, desconforto importante, alterações respiratórias ou obstrução total (risco de aspiração), está indicada a remoção endoscópica de urgência. Na ausências destas alterações, o exame pode ser postergado porém, nenhum C.E. deve permanecer por mais de 24 horas impactado no esôfago.
A impactação alimentar (bolo), como já descrito, é normalmente secundária a alteração anatômica, e atualmente, com o aumento de cirurgias bariátricas, tem se tornado mais frequenta nestes pacientes. A obstrução normalmente é total, com desconforto torácico e salivação. A remoção endoscópica por vezes envolve a retirada de todo o fragmento com alça, ou sua fragmentação com pinças ou alça, e secundariamente empurrar os fragmentos para o estômago ou retira-los pela boca (pode ser interessante o uso de overtube para facilitar o procedimento).
Objetos rombos (em geral, moedas), passam pelo TGI sem problemas quando menores que 2cm. A retirada endoscópica está indicada:
- objetos rombos maiores que 2 cm,
- objetos impactados no esôfago,
- quando não saem do estômago após 4 semanas
Pilhas e baterias devem ser sempre retirados de forma urgente, quando impactados em esôfago, já que podem causar perfuração ( a mucosa entra em contato com os dois polos, conduzindo corrente elétrica, gerando necrose por liquefação) . Caso a bateria esteja alojada no estômago, a chance é que ela passe pelo resto do trato gastrointestinal sem intercorrências. Nestes casos , o paciente, assintomático, pode ser acompanhado com exames radiológicos a cada três ou quatro dias, optando-se pela retirada endoscópica caso a bateria tenha mais de 20mm, impactada no estômago por mais de 48 horas, ou evolua com alterações gastrointestinais (pode ser tentada retirada endoscópica).
A ingestão de imãs tem se tornado mais frequente, já que cada vez menores e mais fortes, são usados em vários objetos, especialmente em brinquedos. Quando a ingestão é única, sua retirada é indicada quando ainda no trato gastrointestinal alto, e após a passagem pelo piloro, pode ser acompanhado. Quanto a ingestão é múltipla , o risco de complicações aumenta, já que eles podem levar a perfuração mais facilmente (atração entre eles, através das paredes do intestino). A retirada deve ser urgente, e para as peças que já tenham passado pelo estômago, a consulta com o cirurgião pediátrico é fundamental. Caso o paciente esteja sintomático, a retirada deve ser cirúrgica, se o paciente esta assintomático, a retirada endoscópica pode ser tentada.
Objetos pontiagudos (agulhas, ossos, palitos de dente), devem ser retirados antes de saírem do estômago, já que a podem perfurar o intestino ou impactar (válvula íleocecal ou anus). Nos casos de impactação em esôfago, a retirada deve ser urgente, já que após 72hs, o risco de perfuração, ou erosão para vai área ou grande vasos aumenta muito. Casos em que não é possível a retirada segura (objeto pontiagudo grande, impactado há mais de três dias, sinais de perfuração) a remoção cirúrgica esta indicada.
Objetos grandes, em geral, maiores que 5cm (canetas, ferramentas , escovas de dente), em geral, não passam pelo duodeno, devendo ser retirados. Como o procedimento pode ser difícil, o controle e proteção da vai aérea é importante, podendo ser indicado intubação orotraqueal ou uso de overtube.
Bezoares (concreções secundárias a material deglutido, como cabelos, bário, vegetais), podem ser de difícil retirada, pois em geral tendem a ser volumosos (como no tricobezoar), estando indicada a cirurgia.
A solicitação de endoscopia para passagem de sonda nasoenteral deve ser exceção, devendo ser considerada apenas nas seguintes situações:
- Lesões obstrutivas do trato digestório alto;
- Lesão de mucosa por cáustico;
- Alterações anatômicas previamente documentadas como divertículos e estenoses esofágicas;
- Traumatismo craniano, com fratura uniforme (via nasal);
- Trauma de base de crânio;
- Fratura de face;
- Cirurgias e fístulas nasais;
- Pancreatite aguda;
• Insucesso da enfermagem na passagem da sonda após 2 tentativas
Um exame que associa um endoscópio especialmente desenhado para esse fim com visão lateral (duodenoscópio) e a radiologia, gerando imagens do canal pancreático, ducto hepático colédoco e cístico.
Tem por objetivo detectar e tratar doenças que acometem os ductos de drenagem do fígado e do pâncreas (as vias biliares intra e extra-hepáticas) e o canal pancreático principal.
Durante o exame, as imagens radiológicas são interpretadas pelo médico endoscopista. Dependendo do diagnóstico e da situação clínica, poderão ser realizados procedimentos adicionais visando ao tratamento, como a Papilotomia, colocação de próteses, retirada de cálculos e dilatações. .
A papilotomia é um procedimento onde é possível cortar via endoscópica a Papila de Vater e retirar cálculos residuais da via Biliar (canal hepático e ducto colédoco), sendo realizado em nível hospitalar, com anestesia geral e por um médico endoscopista altamente treinado e capacitado. Além disso, sua duração pode variar dependendo da complexidade do caso.
Preparo para o procedimento
Como qualquer procedimento cirúrgico, o paciente deverá ser avaliado do ponto de vista laboratorial e cardiológico, desta maneira tendo-se um risco cirúrgico.
É um exame realizado em nível hospitalar com anestesia geral e por um médico endoscopista altamente treinado e capacitado. O procedimento pode ter duração variável de poucos minutos a horas, dependendo da complexidade do caso.
Exige-se jejum de 8 horas.
Realização do procedimento
Com o paciente anestesiado, o duodenoscópio é introduzido através da boca até a segunda porção do duodeno, onde a Papila de Vater é identificada.
Um cateter específico é passado pela Papila realizando as radiografias necessárias para o planejamento da intervenção. Outro acessório chamado papilótomo é passado e com sua alça metálica, a Papila é seccionada precisamente.
Outros acessórios são introduzidos, dependendo do procedimento a ser realizado.
Indicações
Esse procedimento é indicado tanto para diagnósticos como terapêuticos. Dentre suas principais aplicações destacam-se:
- Estudo das Doenças Pancreáticas Crônicas
- Pancreatites Agudas de Causa Biliar
- Icterícias a esclarecer com suspeita de obstrução
- Retirada de Cálculos Biliares Residuais (não detectados na realização da cirurgia de Vesícula Biliar)
- Tumores de Vias Biliares
- Colocação de Próteses Biliares
- Detecção de complicações decorrentes de cirurgias de Vesícula e sobre a Árvore Biliar
- Colangite Obstrutiva Aguda
- Litíase Pancreática
- Estenoses (estreitamentos) malignos e benignos das Vias Biliares e Pancreáticas
- Papilites (inflamação da Papila de Vater)
- Tumores da Papila de Vater
Complicações
O procedimento é seguro, mas, como qualquer intervenção médica, não é isento de riscos, principalmente em pacientes considerados de alto risco cirúrgico.
As complicações agudas podem ocorrer entre 3 a 8%. Com relação a esse item, há que se considerar o fator experiência do endoscopista, pois tal procedimento não é realizado por qualquer endoscopista. As principais complicações são:
- Hemorragia – 2,0%
- Colangite (infecção das vias biliares) – 1,2 %
- Pancreatites – 2,3 %
- Perfuração – 0,2 %