Cirurgia Bariátrica
Considerada uma doença crônica, multifatorial, a Obesidade Mórbida, é caracterizada pelo excessivo acúmulo de gordura corporal.
É classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) tendo por base o chamado “Índice de massa corporal” (IMC), calculado ao dividir-se o peso pela altura ao quadrado (P/A²). Pacientes com IMC acima de 30Kg/m² já são considerados obesos.
A obesidade mórbida tem múltiplos aspectos envolvidos, que levam em conta a genética, fatores culturais e emocionais.
A vida moderna comporta fatores de risco como estresse, sedentarismo, falta de tempo para se alimentar adequadamente e uma dieta rica em alimentos industrializados, rica em calorias e gorduras, e pouco nutritiva.
O excesso de peso, por sua vez, conduz à sensação de culpa e ansiedade, podendo chegar à depressão.
Alterações hormonais, principalmente relacionadas com problemas na tireoide, também podem predispor ao ganho de peso (assim como à perda), sobretudo em períodos como a gravidez. Por fim, a diminuição do metabolismo em homens e mulheres, em conjunto com uma vida sedentária, é outro agravante para os portadores de obesidade.
Conforme o aumento do grau de obesidade, elevam-se também os riscos de surgimento de doenças associadas. Entre elas, hipertensão arterial, diabetes, apneia do sono, dislipidemias (colesterol e/ou triglicerídeos aumentados), doenças articulares, esteatose hepática, síndrome de ovários policísticos, problemas cardiovasculares e insuficiência venosa.
A cirurgia, também conhecida como cirurgia da obesidade, ou, popularmente, redução de estômago, reúne técnicas com respaldo científico destinadas ao tratamento da obesidade e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele. O conceito de cirurgia metabólica foi incorporado há alguns anos pela importância que a cirurgia adquiriu no tratamento de doenças relacionadas a obesidade – como o diabetes.
Em cerca de 80% dos casos, a cirurgia bariátrica consegue curar ou reduzir a incidência dessas doenças, inclusive o diabetes tipo II.
Enfatizar o papel da alimentação saudável, equilibrada e adequada e sua importância nos procedimentos cirúrgicos no que se refere à cicatrização, imunidade, coagulação sanguínea, entre outros.
Orientar quanto ao estilo de vida saudável, enfatizando a importância da participação e responsabilidade do paciente nas mudanças dos hábitos alimentares e na prática de atividades físicas, considerando metas realistas, assim como o contexto familiar e o modo de vida de cada um.
Abordar sobre os padrões alimentares (preparações hipercalóricas, hiperglicídicas e o volume das refeições) bem como horários – o jejum prolongado e suas consequências.
A perda de peso adequada a sua manutenção após dois anos seguintes à cirurgia, a reversão ou controle de comorbidades, a prevenção e o controle de déficits nutricionais estão relacionados com modificações básicas de estilo de vida.
Psicologia e Cirurgia Bariátrica
O período após a cirurgia é considerado pelos pacientes como o mais difícil, devido ao desconforto e falta de adaptação. Após o procedimento, o psicólogo deve acompanhar o paciente no intuito de auxiliá-lo nessa nova fase, pois ele terá que lidar com uma nova aparência, as dificuldades do pós-operatório e as limitações alimentares. É importante que ele entenda que as restrições não são um impedimento a sua liberdade.